Reconhecimento facial de apostadores virtuais, obrigatório a partir de 2025, passa por testes finais

jpjunior
outubro 23, 2024
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Reconhecimento facial de apostadores virtuais

A partir do próximo ano o reconhecimento facial de apostadores em apostas online passará a ser obrigatório e o Brasil será o primeiro país do mundo neste segmento a adotar o sistema para prevenir fraudes e impedir que menores de 18 anos apostem, dentre outros objetivos. Esta inovação para janeiro de 2025 já entrou em fase final de testes.

De acordo com o Instituto Brasileiro do Jogo Responsável (IBJR) esta tecnologia já está em fase de integração com as plataformas associadas. O IBJR têm entre os associados empresas que respondem por cerca de 75% de todas as operadoras de apostas em nosso País. A solução terá um funcionamento similar ao que ocorre em instituições bancárias e a autenticidade do usuário passará por verificação em alguns momentos do processo de uma aposta.

A inteligência oficial também será adotada nos sites associados para bloquear tentativas de acesso por parte de crianças e adolescentes. A biometria será cruzada com outras tecnologias já usadas pelas chamadas bets, mapeando possíveis irregularidades e protegendo os menores de idade, mais vulneráveis no universo das apostas em geral. A recente  Lei 14.790/2023, que regula a apostas online no País, reforçou o entendimento que muitas casas internacionais já seguiam, de proibição do jogo a menores de 18 anos. A restrição está de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, diploma básico no Brasil nesta área.

O IBJR usará informações armazenadas nos bancos de dados do próprio Governo e do mercado financeiro. O reconhecimento facial também terá o objetivo de impedir que fraudadores hackeiem celulares para realizarem apostas em nome de terceiros, algo que tem acontecido em muitos casos no Brasil e em outros países.

O setor de apostas esportivas e cassino virtual está passando por uma grande transformação no País, com o Governo realizando um esforço para eliminar as bets que não atuam dentro da lei ou que não querem pagar a licença para funcionamento. Centenas de empresas também já estariam na “lista negra” da União como bookmakers que não preservam os dados ou valores de usuários e não dispõem de recursos tecnológicos para evitar fraudes ou a ação de hackers no ambiente virtual. Por isso, só deverão ficar no mercado nacional as casas verdadeiramente respeitadas, muitas delas com atuação em todo o mundo.

Informações sobre o assunto Reconhecimento Facial também estão disponíveis no site da EBC, Agência Brasil (Agência Brasil | Últimas notícias do Brasil e do mundo). 

 

Author jpjunior

Jornalista profissional há mais de 25 anos, ex-editor do Jornal do Commercio do Rio de Janeiro, carioca e apaixonado por futebol. Vive na cidade de Itaboraí, a 50 quilômetros do Rio de Janeiro, com sua esposa Leide e o filho Bernardo.