Associação de jogos e loterias teme concorrência de sites ilegais às bets sérias
O presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), Plínio Lemos Jorge, está muito preocupado com a concorrência desleal de sites ilegais às casas de apostas verdadeiramente sérias e já legalizadas para operarem sem impedimentos a partir do próximo ano. A entidade de representação dos bookmaker revela que mais de duas mil páginas das “piradas” ainda estão em atividade no Brasil e pede uma resposta mais firme por parte do Poder Público.
Fazendo eco ás preocupações da Anatel, o empresários do setor de jogos enfatiza que o Governo está tendo muita dificuldade para bloquear suficientemente os sites ilegais do segmento, A Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) tem feito um esforço para regulamentar a atividade no País, mas existe uma limitação técnica evidente para impedir que ocorra uma concorrência desleal com os bookmakers que responderam positivamente a todas as exigências do Poder Público para permanecerem no mercado brasileiro.
As operações ilegais são rápidas para driblar os esforços de boqueio de IP, principalmente lançando sites espelhos para direcionar os clientes quando um domínio é retirado do ar. Segundo a ANJL (ANJL – Associação Nacional de Jogos e Loterias), é necessário “separar o joio do trigo” e isto só ocorrerá se houver um combate duro aos sites ilegais, que estariam manchando a imagem e a reputação de quem está querendo atuar honestamente e segundo todas as regras em nosso País,.
Na última semana o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, solicitou que a entidade receba poderes legais adicionais para que possa aumentar sua capacidade de bloqueio e aplicar de fato as ordens de bloqueio aos ilegais. A Anatel (Anatel — Agência Nacional de Telecomunicações) só tem como monitorar as maiores empresas, que respondem por mais de 80% do mercado. Por isso, a associação está pedindo uma verba de R$ 7,5 milhões para investir em mais tecnologia, aumentando sua cobertura. Por enquanto o Governo ainda não respondeu à solicitação, mas a ANL espera quer isto ocorra rapidamente e tem enfatizado que sempre estará ao lado de qualquer esforço para dotar o mercado brasileiro de regras claras e que coíbam a ilegalidade.
O debate sobre o segmento de apostas esportivas no Brasil segue intenso. Apesar dos problemas inerentes à reorganização de uma atividade que cresceu muito no País e no mundo – e das muitas ações judiciais que estão em andamento pedindo mudanças na nova lei das bets -, o Governo segue com a meta de começar 2025 com tudo regulamentado e com uma concorrência justa entre quem atuar dentro da lei. Sò o tempo dirá se o Poder Público encontrará de fato meios mais efetivos de retirar os sites ilegais do ar.