Representantes de casas de apostas são contra proibição do uso de PIX em depósitos

jpjunior
outubro 7, 2024
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PIX logo

A proibição do uso de PIX e algumas outras modalidades de pagamento online em depósitos no setor de nas apostas esportivas, proposta recentemente pelo deputado federal Luiz Carlos Hauly (Podemos), e aparentemente com alguma simpatia do Governo Federal, tem sido questionada por representantes do setor de bookmakers, que esperam que o Poder Público  analise a medida e a reconsidere, em prol do desenvolvimento do setor em nosso País.

O Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) é uma das entidades que querem aprofundar o debate sobre o tema. As autoridades receiam que os chamados “jogos de azar”, quando devidamente regulamentados, ponto previsto para janeiro de 2025, aumente os prejuízos financeiros para apostadores de maior vulnerabilidade e, por isso, veem de maneira simpática o projeto de Lei 3717/2024 do parlamentar do Podemos, formulado em setembro deste ano.

Segundo o IBJR e outras instituições representativas do segmento, o impacto de tal legislação seria prejudicial, inclusive para apostadores que poderão recorrer ao mercado negro em busca de outros métodos de jogo. Na visão do instituto, tudo deve ser repensado com cuidado, especialmente quando se trata do popular PIX, forma de pagamento que caiu rapidamente no gosto dos brasileiros, por conta de sua praticidade e rapidez.

O presidente do Banco central, Roberto Campos Neto, informou há alguns dias que as transferências de apostas por meio do PIX aumentaram cerca de 200% desde janeiro deste ano, um montante financeiro de fato muito grande. Os operadores do segmento lembram que já há existem algumas restrições ao uso do PIX, pois o Governo anunciou que serão bloqueados os pagamentos por meio deste serviço para as bets não licenciadas em nosso País.

Apesar de pedir que o governo reconsidere a proibição de depósitos via PIX, o IBJR deixa claro que é favorável á limitação e apostas entre as pessoas que recebem assistência de programas como o Bolsa Família, por exemplo. O Ministério da Fazenda deverá proibir o uso do cartão Bolsa Família em apostas.

O IBJR tem associados que representam mais de 70% do segmento de mercado de apostas no Brasil e trabalha em parceria com o próprio Poder Público para evitar os potenciais riscos de que jogadores compulsivos se viciem e prejudiquem suas finanças domésticas, causando sofrimento a seus familiares. O Jogo responsável é, de fato, uma prioridade para os bookmakers que estão ligados ao instituto, mas esperam como contrapartida a disposição governamental de permitir às empresas as melhores condições de atuação no País. Os bookmakers querem oferecer serviços de qualidade a seus milhares e cada vez mais numerosos clientes no maior País da América do Sul.

Author jpjunior

Jornalista profissional há mais de 25 anos, ex-editor do Jornal do Commercio do Rio de Janeiro, carioca e apaixonado por futebol. Vive na cidade de Itaboraí, a 50 quilômetros do Rio de Janeiro, com sua esposa Leide e o filho Bernardo.